A Juventude Socialista Brasileira - JSB, instrumento de apoio do Partido Socialista Brasileiro - PSB. É formada por todos os jovens filiados ao PSB com até trinta anos de idade. Para conhecer o perfil ideológico da JSB é preciso saber o que ela pensa a respeito da conjuntura nacional e internacional; O que propõem; Quais as suas atividades e quais os seus objetivos.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
O PSB e o pós-Lula
A menos de um ano do pleito eleitoral nacional nosso Partido Socialista Brasileiro precisa elaborar e apresentar seu PROJETO de BRASIL para o próximo mandato de governo.
Temos, de um lado, um projeto de continuísmo apresentado pelo presidente Lula, que, se comparando com Cristo, afirma ser necessário se aliar com Judas.
Nós, socialistas, repudiamos essa estratégia política por considerarmos que os pleitos eleitorais são um momento essencial do processo e avanço democrático, e temos que confiar nos eleitores que tem demonstrado, a cada pleito, uma crescente capacidade de escolha dos dirigentes nacionais.
Se a formação de um governo de coalizão é submetida a critérios de governabilidade, o pleito eleitoral deve submeter aos eleitores programas e propostas claras e diferenciadas.
O PSB, como partido, deve dar urgentemente uma resposta à altura rejeitando a tentativa de costurar alianças que mimetizam “Cristo e Judas”, e que abram para os cidadãos a possibilidade de mudar a cara do parlamento, votando em partidos e candidatos que tenham um projeto e uma reputação ética digna do cargo de representação parlamentar.
Hoje existe praticamente uma só voz que divulga no Brasil todo uma proposta de Projeto de Brasil do PSB: é o deputado Ciro Gomes. No lançamento de sua candidatura a presidente do Brasil perante o PSD-DF, em 29 de outubro passado em Brasília, Ciro, vice-presidente do PSB, defendeu a necessidade de apresentar um PROJETO DE BRASIL que avance com relação ao atual projeto do governo Lula. Ele sublinhou o salto que foi dado com o governo de coalizão de Lula. Apontou dois avanços urgentes e fundamentais:
- uma política financeira que negocie com o sistema financeiro de igual para igual, onde o Estado faça valer os direitos fundamentais dos cidadãos - emprego, salários, educação e saúde - frente à intransigência do máximo de lucro;
- uma nova maioria parlamentar que dê sustento a um governo socialista ético e voltado ao bem estar de todo o povo, superando a atual fase de assistencialismo para uma fase de inserção cidadã. Ciro Gomes é uma ponta avançada, nesse momento, do PSB, e nós temos que nos juntar a ele nessa missão que é própria de todo o partido.
O PSB defende o Socialismo democrático, e não a social-democracia. Por isso é necessário e urgente elaborar e apresentar nossa proposta, que não descarta, num eventual governo, alianças com partidos do centro democrático.
A decisão de ter um candidato próprio à presidência deverá ser decidida no tempo oportuno, mas a elaboração de um Projeto de Brasil para o próximo mandato governamental é essencial e urgente e o apoio à possível candidatura de Ciro Gomes deve ser assumido vigorosamente pela Direção Nacional do PSB, pois está, de fato, contribuindo para diferenciar e destacar o partido no cenário político nacional.
Adriano Sandri é Cientista Político e militante do PSB-Brasília
Confira a integra da matéria e outros assuntos no link: http://psbnacional.org.br/index.php/content/view/6628.html
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
I Congresso Interno do PSB de Bananeiras, será realizado na cede do Grêmio Livre do CAVN
José Nicodemos da Costa
Presidente do PSB - BN
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Só quem conhece o Brasil de verdade, consegue apresentar soluções para os nossos problemas
Neste pequeno programa, vamos entender porque a tendência socialista democrática é a que mais cresce no mundo.
Vamos conhecer a visão do Partido Socialista Brasileiro - PSB, frente a crise econômica mundial e o Governo do presidente Lula.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Edital do Congresso interno do PSB de Bananeiras lançado
PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO
EDITAL – PSB N° 01/2009
Na ocasião, será discutido:
Campanha 1 Milhão de filiados.
Paraíba que Queremos?
PSB do presente ao futuro.
Renovação da Diretoria Executiva Municipal do PSB de Bananeiras.
Demais assuntos de interesse dos filiados.
Esta em dias com suas obrigações partidárias, conforme o disposto no Art. 8 do Regimento Interno do PSB;
Isenção de qualquer tipo de penalidade ( suspensão, advertências, expulsão, pendências, etc.) conforme o previsto no Cap. III, art. 9 do Estatuto partidário;
Está regulamente filiado ao Partido Socialista Brasileiro, do Município de Bananeiras.
Comparecer munido da documentação precisa para participação, disposta no art. 8 do Regimento Interno e no Estatuto partidário.
Saudações Socialistas.
Secretária do PSB Municipal
JOSÉ NICODEMOS DA COSTA
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Assim como em todo o estado, Ricardo Coutinho é 1° lugar em Campina Grande nas pesquisas
O primeiro colocado foi o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), com 36,12%. O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) ficou em segundo, com 24,61%. O governador José Maranhão (PMDB) figura em terceiro lugar entre o eleitorado campinense, com 12,48%. Já o candidato tucano, Cícero Lucena foi citado como o preferido de 6,42% dos pesquisados. O democrata Efraim Morais teve 4,85% das intenções de voto, seguido por David Lobão (PSOL), com 0,97%.
Os votos nulos somam 6,67% e os brancos foram 1,82%. A equipe do IP4 realizou uma pesquisa estimulada, ouvindo 825 eleitores e projeta um coeficiente de segurança de 95,%, com uma margem de erro máxima de 3,5%.
Confira os números do IP4 que perguntou "Se as eleições para governador fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem o senhor votaria?
Ricardo Coutinho - 36,12%
Veneziano Vital - 24,61%
José Maranhão - 12,48%
Nulo - 6,67%
Cícero Lucena - 6,42%
Não sabem ou não quiseram responder - 6,06%
Efraim Morais - 4,85%
Em branco - 1,82%
David Lobão - 0,97%
Comparativo - Na primeira pesquisa realizada pelo IP4 em João Pessoa, no mês de abril, o prefeito Ricardo Coutinho aparecia com 58% da preferência. O segundo lugar era do governador José Maranhão (PMDB), com 18,93%. O ex-prefeito da capital e atual senador, Cícero Lucena (PSDB) teve, à época, 10,47% da preferência.
Ainda de acordo com a consulta feita pelo IP4 e publicada no lançamento do Parlamentopb, o senador Efraim Morais (DEM) teria 2,33%, seguido por Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), com 1,8%. Luiz Couto, do PT, também pontuou, com 1,13%. O deputado federal Wellington Roberto (PR) e o professor David Lobão (PSOL) foram citados por 0,2% dos eleitores. Aqueles que disseram preferir anular o voto corresponderam a 3,93%. Os votos brancos foram 1,87%, enquanto que outros 1,13% disseram não saber em quem votar.
O instituto - O IP4 pesquisas surgiu em fevereiro de 2002 e realiza pesquisas quantitativas e qualitativas, estando apto a executar estudos de mercado em qualquer capital do Nordeste, além de trabalhos de campo para Institutos de outros Estados. Todas as etapas do processo de pesquisa – campo, processamento e análise – são executadas por pessoal próprio e com larga experiência na realização de pesquisas qualitativas e quantitativas. Entre os clientes do instituto estão as TVs Cabo Branco e Tambaú, Multifeira Brasil Mostra Brasil, Unimed João Pessoa, Uniodonto, Arquidiocese da Paraíba e OAB Paraíba.
Mas informações na integra do http://www.parlamentopb.com.br ou no LinK: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20090720090813
Da Redação Parlamentopb.com.br
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Brigadeiro Ferolla: Geopolítica versus interesses de uma CPI
Os Estados Unidos exploram petróleo desde 1859 e, valendo-se de suas grandes jazidas, transformaram essa fonte de energia em instrumento para sua consolidação como potência econômica. Tendo sido, por muito tempo, o maior produtor mundial, vislumbram um cenário de incertezas ao constatar o declínio acelerado de suas reservas, que durarão apenas mais 12 anos.
Tal situação é acompanhada pelos governos americanos há muito tempo, e é o fator determinante no planejamento estratégico das ações externas daquele país. Muitas delas são apresentadas sob argumentos dissimulados, como a ocupação do território do Iraque - dono da terceira maior reserva mundial - ou a ocupação do Afeganistão, rota adequada para escoar a produção petrolífera de antigas repúblicas soviéticas.
Essas operações bélicas estão redundando em vergonhosos fracassos, tanto pelo motivo oficial - o combate ao terrorismo - quanto pelo oculto, o controle das jazidas e a segurança dos oleodutos.
Até os anos 60 do século passado, os Estados Unidos e os demais países industrializados do Hemisfério Norte se valiam das grandes empresas privadas de exploração e refino de petróleo - historicamente conhecidas como as "Sete Irmãs" -, que, sediadas nesses países, dominavam as principais reservas petrolíferas do planeta.
Nos últimos 40 anos, porém, um crescente movimento de nacionalização e volta ao controle estatal da maior parte das jazidas mundiais, notadamente no Oriente Médio e em países como a Rússia e a Venezuela, tem resultado na drástica redução dos estoques disponíveis para exploração por terceiros e na rentabilidade daquelas poderosas empresas, das quais, hoje, restam apenas quatro.
Vislumbrando a escassez, encontrar novas fronteiras petrolíferas e poder assumir o controle delas transformou-se em verdadeira obsessão, razão maior de as atenções estarem, cada vez mais, voltadas para o pré-sal brasileiro.
As atuais reservas do Brasil chegam a 13 bilhões de barris e asseguram nossas necessidades por apenas 19 anos. Com a exploração das jazidas do pré-sal, em 2015, o país poderá, inclusive, se tornar exportador de pelo menos 1 milhão de barris por dia.
Se consideradas as atuais cotações de US$ 50 por barril, numa visão tímida do disputado mercado mundial, podem-se projetar exportações de US$ 21 bilhões por ano. Com preços de US$ 100 por barril, até 2010, previsão bastante realista se lembrarmos que o mercado já conviveu com cotações superiores a US$ 140, o país poderá acrescentar um mínimo de US$ 42 bilhões anuais na balança comercial.
As possibilidades do pré-sal, no entanto, tornam esses cálculos acanhados, pois, apesar de não haver números seguros, mesmo os pessimistas reconhecem que o Brasil irá pelo menos dobrar suas reservas, enquanto os otimistas asseguram que é de petróleo o colchão do gigante "deitado eternamente em berço esplêndido".
Tais perspectivas ressaltam a necessidade de que, acima dos interesses do mercado, parâmetros geopolíticos norteiem as discussões sobre um novo marco regulatório para a exploração do pré-sal, tanto nas esferas políticas como empresariais. Propostas de mudanças na atual legislação e exemplos de sucesso em outros países do mundo poderão guiar os passos do governo brasileiro, mas é imperativo considerar que o controle rígido sobre as jazidas e o estabelecimento da cadência de produção são regras comuns em todos os países detentores de grandes reservas de petróleo.
Esses aspectos de interesse nacional e suprapartidário indicam que a criação de uma CPI, no Senado, para investigar temas que já estão sendo apurados por outras legítimas instâncias de poder não é apenas um movimento que atrai holofotes para palanques eleitorais. É, acima de tudo, um movimento que atende aos interesses de poderosos grupos do setor de petróleo, ao colocar sob suspeição a credibilidade da Petrobras e do governo brasileiro nessa decisiva e histórica oportunidade de formular e determinar políticas que consolidem a soberania energética do país, assegurando vultosas fontes de riqueza para toda a sociedade.
* Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar; fonte: O Estado de S. Paulo
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Lula defende, na ONU, nova ordem econômica mundial
''A crise financeira, que nasceu da desregulamentação das economias mais ricas, não é um pretexto para estimular o descumprimento das obrigações de cada Estado com a promoção e a proteção dos direitos humanos'', explicou o presidente, que deve se reunir em Genebra com o presidente francês Nicolas Sarkozy. ''Também não deve levar ao descumprimento dos compromissos com os mais necessitados'', completou, antes de lembrar que o Congresso do Brasil acaba de aprovar uma lei que regulariza a situação de milhares de emigrantes.
Lula pediu que os trabalhadores tirem vantagem da crise financeira mundial para ajudar a formar uma nova ordem econômica. Segundo ele, há uma oportunidade excepcional para que os trabalhadores, sindicalistas e líderes comerciais pensem e apresentem propostas que mudem as relações entre os Estados e a sociedade civil. ''Temos que aproveitar o momento. Não é esquecer a crise, mas, a partir dela, descobrir o que podemos fazer de novo. A presença de vocês dá força para produzir temas'', disse Lula.
Convenção da ONU
Para o presidente, as variações do ano passado nos preços do petróleo e das commodities ocorreram devido à especulação. Ele voltou a criticar setores do mercado financeiro, que especulam sem produzir. ''Alguns tentam transferir o ônus da crise para os mais fracos e é aí que aparece a face oculta e cruel da globalização. Os trabalhadores imigrantes se tornam os bodes expiatórios e a comunidade internacional não pode permitir que isso ocorra'', afirmou.
O G-20, grupo de países ricos e ''emergentes'', do qual o Brasil faz parte, pediu à OIT que desenhe políticas para levar o mundo a uma recuperação da crise. A OIT diz que é importante evitar um atraso na criação de postos de trabalho enquanto a economia se recupera, pois o emprego e a renda vão sustentar o consumo que servirá como alicerce para o crescimento sustentável. Lula afirmou que, de 2003 a 2008, o Brasil criou 10 milhões de empregos formais e aumentou o salário mínimo em 65%. O presidente destacou que o país conseguiu combinar a expansão das exportações com o aumento do consumo interno.
O Brasil demonstrou solidariedade aos outros países, legalizando imigrantes ilegais, afirmou Lula. Lembrando que trabalhou em uma fábrica enquanto era adolescente, Lula ressaltou que o Brasil foi o primeiro país das Américas a ratificar uma convenção da ONU contra o trabalho infantil. O presidente também disse que é inaceitável ver mais de 1 bilhão de pessoas no mundo passando por dificuldades para comer, e afirmou que a crise expõe a falsidade das doutrinas neoliberais.
Queda da Selic
No programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula disse que medidas tomadas por setores como a indústria automobilística diante da crise contribuíram para a queda do Produto Interno Bruto (PIB). ''Alguns setores da economia se precipitaram em praticamente acabar com os seus estoques. Eu poderia pegar, como exemplo, a indústria automobilística, que no mês de dezembro, praticamente não produziu carros, deu férias coletivas, e isso tem um significado muito importante na queda do PIB brasileiro'', disse.
Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma queda de 0,8% no PIB do primeiro trimestre deste ano. Apesar de se dizer ''um pouco triste'' com o resultado, o presidente se mostrou otimista. ''O que é importante é que o pior já passou e a economia brasileira está dando sinais enormes de recuperação'', comentou. ''Nós entramos por último nessa crise e vamos sair primeiro que todos os países'', completou Lula, acrescentando que os investimentos e o consumo da população ''não permitiram que o Brasil tivesse um efeito mais danoso na queda do seu PIB''.
Lula também comemorou a queda da taxa Selic, que, na semana passada, teve redução de um ponto percentual, passando de 10,25% para 9,25% ao ano. ''Desde que foi criada, é a primeira vez que ela está abaixo de dois dígitos. É a primeira vez desde 1986, o que é uma coisa extremamente significativa'', ressaltou. Mas voltou a comentar sobre a necessidade da redução do spread bancário (a diferença entre os juros que o banco paga aos investidores e o que cobra nos empréstimos). ''O spread ainda está muito alto, o spread ainda está seletivo, e nós vamos manter todo o esforço para controlar a inflação''.
Com agências
quarta-feira, 10 de junho de 2009
PSB contra-ataca Manoel Júnior: ‘ele tenta desestabilizar o partido’
O presidente do PSB de João Pessoa, o professor Ronaldo Barbosa, em resposta as declarações do deputado Manoel Júnior, do mesmo partido, propondo que o PSB apóie a reeleição de José Maranhão (PMDB) ao invés do prefeito Ricardo Coutinho, disse que o deputado é hoje considerado o ‘quinta-coluna’ do partido, destacando que o parlamentar "esquece o que o PSB fez por ele, inclusive quando lhe demos um mandato e uma consagradora votação em João Pessoa".
“Todo dia esse rapaz critica nosso partido e sua principal liderança, chegando ao ponto de tornar-se uma espécie de papagaio-de-pirata do governador José Maranhão, acompanhando-o em todas as solenidades oficiais e atividades de campanha no interior do Estado”, afirmou Ronaldo Barbosa.
Para o presidente do PSB em João Pessoa, Manoel Júnior foi designado para tentar desestabilizar o PSB paraibano. “A prova disso é que ele espalhou um boato ridículo de que o presidente Lula iria procurar o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, a fim de impedir a candidatura de Ricardo Coutinho ao Governo para apoiar um nome do PMDB. Ele não conhece o caráter e a história de Eduardo, neto de Miguel Arraes, que jamais iria fazer intervenção no nosso partido, ainda mais quando lideramos as pesquisas para as eleições estaduais no próximo ano”.
da Redação (com assessoria)WSCOM Online
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Ricardo lança a Integração Metropolitana que vai beneficiar 1 Milhão de pessoas
Ricardo quebra silêncio e fala sobre alianças para a sucessão estadual
De acordo com Ricardo Coutinho, nos dias de hoje não há espaço para preconceito ideológico ou para pedidos de atestado ideológico. "Já pedi atestado ideológico e ninguém me dava há 35 anos atrás, hoje não peço mais, porque o que me interessa saber é o que cada um pretende fazer e qual o objetivo pretende chegar",lembrou.
O prefeito socialista acrescentou que a aglutinação de força que vem desde 1930 não funciona mais porque nem o segmento político e, principalmente a população quer mais ser levado a votar em "cordão A" ou "cordão B" porque a emoção toma conta da razão. A população precisa cobrar mais dos políticos e daqueles que se propõem a conduzirem os seus destinos", completou.
Fonte: O Norte
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Ricardo é lider absoluto na corrida a suceção governamental de 2010
Segundo a pesquisa feita pela IP4, que ouviu 2.495 pessoas na cidade de João Pessoa, o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), venceria as eleições na corrida sucessória rumo a 2010, no primeiro turno. É isso que mostra o resultado da pesquisa de opinião pública realizada pelo IP4 na capital paraibana. Depois de ouvir 1.500 eleitores entre os dias 3 e 6 de abril, o instituto aferiu que a candidatura de Ricardo ao Governo do Estado conta com 58% da preferência do eleitorado de João Pessoa. Em segundo lugar aparece o atual governador, José Maranhão (PMDB), com 18,93%. O ex-prefeito da capital e atual senador, Cícero Lucena (PSDB) tem 10,47% da preferência.
Ainda de acordo com a consulta feita pelo IP4, o senador Efraim Morais (DEM) teria 2,33%, seguido por Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), com 1,8%. Luiz Couto, do PT, também pontuou, com 1,13%. O deputado federal Wellington Roberto (PR) e o professor David Lobão (PSOL) foram citados por 0,2% dos eleitores. Aqueles que disseram preferir anular o voto corresponderam a 3,93%. Os votos brancos foram 1,87%, enquanto que outros 1,13% disseram não saber em quem votar.
Para alguns analistas, tendo em vista o excelente desempenho eleitoral no segundo maior município do Estado, Campina Grande, e ainda os recentes números de uma pesquisa realizada só em João Pessoa, com 1.500 eleitores, o ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), já poderia se considerar eleito para o Senado, no ano que vem. Isso se as eleições fossem hoje e se o tucano confirmasse sua candidatura ao Legislativo federal. Agora descendo para o interior a coisa muda muito já quem só em Campina Grande o ex-governador Cássio larga em torno de 70% de favoritíssimo.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Programa partidário do PSB será exibido nesta quinta-feira (16)
Na pauta do primeiro programa partidário do PSB, estão o posicionamento da legenda em relação à crise financeira internacional e as possíveis soluções para sua superação e a consolidação de uma nova ordem mundial, pautada segundo as diretrizes de desenvolvimento econômico e socialmente sustentável.
O presidente do PSB, governador de Pernambuco Eduardo Campos, o deputado federal, Ciro Gomes (CE) e os líderes na Câmara e no Senado, deputado Rodrigo Rollemberg e senador Antônio Carlos Valadares vão defender pontos prioritários como a implantação de medidas tributárias capazes de estimular a geração de empregos e a criação de políticas mais ativas no combate aos desequilíbrios regionais.
“Convidamos toda a militância do nosso Partido para assistir ao programa desta quinta-feira para que possamos, juntos, enfrentar com firmeza os desafios impostos pela crise financeira”, declarou Eduardo Campos.
No final do ano passado, o Partido divulgou nota oficial sobre a crise financeira internacional. Confira abaixo a íntegra da nota.
e) a implantação de medidas tributárias capazes de estimular a geração de empregos nas zonas urbana e rural;
Recife – PE, 11 de dezembro de 2008
Governador Eduardo Campos
Presidente Nacional do PSB
Fonte: Vera Canfran - Assessoria de Comunicação do PSB
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Para refletir: O Analfabeto Político
Como a grande mídia festejou o golpe de 1964
domingo, 15 de março de 2009
Ricardo: 'A Paraíba precisa sair do modelo da Revolução de 1930'
Ricardo Coutinho foi à cidade de Cajazeiras para prestigiar o lançamento do Orçamento Democrático e um programa de micro crédito, uma prática que ele implantou na sua administração.
Em determinado trecho da entrevista ao Correio Debate, Ricardo Coutinho observou que disputou a eleição passada com o apoio de 16 partidos e governa com todos eles. “Porque tive o respeito e a capacidade de chama-los para dialogar, conversar e costurar as coisas. Acho que é assim que deve ser feito. Se outros não fazem, paciência, respeito. Mas nem por isso quero o pior, quero o melhor”.
Temos que pensar nesse Estado com pique e velocidade de fazer com que em 4 anos avancemos 40 anos. Isso pode e deve ser feito a partir do desprendimento das lideranças políticas. Chega dessa historia de ter projeto para o Estado e alguém é contra porque é de outro partido. Pode colocar em cima da minha mesa vários projetos, não tenho problema com isso, se for bom e meu governo e o partido que represento puder contribuir.
O prefeito da Capital observou que políticas públicas são essenciais. “Eu não me imaginaria ser governo se não fosse para democratizar a gestão e colocar o orçamento democrático. Ganhamos a eleição para isso e fizemos isso com muita competência, porque hoje João Pessoa tem o melhor programa de micro crédito orientado do Brasil”, acrescentou Ricardo Coutinho.
A boa qualidade desses programas, segundo ele, está evidenciada nos seus resultados. Em dois anos e meio, disse o prefeito, o município de João Pessoa emprestou mais de R$ 9 milhões, com recursos próprios. “È muito dinheiro em qualquer parte do mundo. E mais: ativando a cadeia produtiva de baixo para cima”, constatou ele.
Para o prefeito de João Pessoa, inverter a prioridade é fundamental. E comentou: “É um instrumento de pedagogia. A população hoje em dia tem consciência de que não adianta o governante dizer que vai fazer tudo o que precisa ser feito, porque a pessoa vira as costas e diz que ele é um mentiroso, um demagogo, porque não existe capacidade financeira de ser fazer tudo”.
O prefeito da Capital foi além: “Agora é preciso o governo ter coragem de estabelecer um diálogo, de dizer não quando é não, dizer a verdade, mas ao mesmo tempo dizer que aquele dinheiro que existe vai ser aplicado de acordo com as prioridades estabelecidas pela população”.
WellingtonFarias http://www.portalcorreio.com.br
Presidente Obama: "Uma maravilhosa reunião das mentes"
Presidente Obama: "Uma maravilhosa reunião das mentes"
A minha entrada em políticas desta administração foram a redobrarem esforços aqui nos Estados Unidos para prosseguir um caminho semelhante de desenvolvimento de energia limpa. E eu acho que temos muito a aprender com a Brasil.
Como referi ao Presidente Lula, eu acho que temos o potencial para a troca de idéias, a tecnologia para construir sobre o biodiesel cooperação que temos estrutura já estabelecida. Sei que a questão do etanol brasileiro que vem para os Estados Unidos tem sido uma fonte de tensão entre os dois países. Isso não vai mudar durante a noite, mas penso que, como nós continuamos a desenvolver o intercâmbio de idéias, comércio, em torno da questão do biodiesel, que ao longo do tempo, esta fonte de tensão pode ficar resolvido.
Eu nunca esperava uma resposta imediata. Este é um processo. À medida que o tempo passa, o Brasil está provando que o biocombustível é uma alternativa extraordinária. E lentamente os países será convencido. E lentamente outros países irão aderir ao biocombustível esforço. Isso é o que penso.
Essa esta sendo a matéria de destaque do blog da Casa Branca( THE WHITE HOUSE BLOG), confira a versão oficial em inglês.
Encontro de Lula também é destaque no blog: amigosdadilma.blogspot.com como você confere asseguir:
Blog da Casa Branca fala sobre encontro de Obama com LulaO Blog da Casa Branca descreveu neste domingo, 15, o encontro entre o PresidenteLula, da ministra Dilma e o chefe de Estado norte-americano Barack Obama. Segundo o blog, Obama disse ser "um grande admirador da liderança progressista e voltada para o futuro que o presidente Lula tem mostrado."
O texto do blog, que trouxe a transcrição de parte da conversa entre os dois presidentes, também afirma que Lula perguntou se o investimento brasileiro em biocombustíveis geraria atrito entre o País e os produtores norte-americanos. O texto responde que tanto Obama quanto Lula tiveram respostas otimistas. Obama afirma que admira os passos do governo Lula em direção do desenvolvimento de biocombustíveis e que ele mesmo já teve um carro bicombustível. (Release de notícias)
sábado, 14 de março de 2009
Quem fala demais, ouve o que não quer, Ricardo responde as Criticas de Veneziano
Coutinho esteve na quarta-feira 11 em Campina em sessão especial realizada na Câmara de Vereadores em homenagem as mulheres, convidado de honra, por ser o prefeito campeão na difusão de políticas públicas para a mulher. Veneziano não compareceu.
E ontem, o prefeito da Capital estava em Cajazeiras, onde participou do lançamento do programa Orçamento Democrático.
As andanças do prefeito da Capital pelos municípios do interior e o veto do partido dele a posse do deputado Guilherme Almeida (PSB) na Secretaria de Interiorização do Estado são alguns dos argumentos levantados por Veneziano para ilustrar que Coutinho já estaria em campanha para o Governo.
Para Veneziano, o prefeito deveria estar concentrando foco no trabalho de reconstrução do Estado ao lado do governador José Maranhão (PMDB).
Esta é a primeira crítica pública feita por Veneziano a Coutinho, que tem se estranhando com Maranhão, criticando-o por não ser consultado na composição do secretariado governamental.( Wscom)
Em resposta: Ricardo Coutinho chama Veneziano de ator político
Ao ser indagado sobre as declarações de Veneziano Vital, Ricardo Coutinho respondeu tratando seu aliado político como ator político. “Tenho buscado ter muita tranqüilidade nesse momento, sobre aquilo que é dito, e o que não é dito também, principalmente, pelos atores políticos”.
Coutinho, que participou do lançamento do Orçamento Democrático, evento realizado no Teatro Ìracles Pires, também afirmou que é necessário ter cuidado para não dizer bobagem.
As indiretas soaram nos ouvidos dos ouvintes de uma cadeia de emissoras de rádio, como um desabafo de Ricardo Coutinho que ainda acrescentou: “Agora, compreendo que às vezes, existem algumas situações, que os atores políticos não conseguem segurar, não consegue demonstrar a sua preocupação, e terminam dizendo coisas. Mas, compreendo que esse é o momento, cada um está dentro do seu respectivo momento. ( Portal CNZ)
sexta-feira, 13 de março de 2009
Ricardo Coutinho Participa do lançamento do Orçamento Democrático e Empreender em Cajazeiras
A solenidade que marcou o lançamento dos projetos foi realizada durante um seminário no Teatro Íracles Pires (ICA). Além do prefeito da Capital, que viajou a convite de Léo Abreu, participaram do evento do deputado federal, Luiz Couto (PT) e da vereadora Sandra Marrocos (PSB), que coordenou a implantação do orçamento Democrático na primeira gestão de Ricardo.
Uma equipe da prefeitura de João Pessoa explicou aos lideres comunitários, funcionários da prefeitura de Cajazeiras e representantes de associações, Organizações não Governamentais e sindicatos que estavam presentes como o projeto foi implantado e executado na Capital. Depois, a equipe que coordenará o Orçamento Democrático em Cajazeiras anunciou a agenda do projeto para 2009.
O prefeito Ricardo Coutinho afirmou que Cajazeiras está escrevendo uma nova história. "Estamos tratando do poder popular. Seria mais fácil simplesmente colocar técnicos para verificar quais necessidades o município tem, mas o orçamento lida com o futuro e o presente de toda a população, por isso é justo que essas pessoas tenham o Orçamento Democrático. Com esse processo, o município avança e as pessoas também progridem", disse o prefeito de João Pessoa.
O prefeito de João Pessoa afirmou ainda que as políticas de geração de renda são fundamentais para o crescimento das cidades. "O empreender, por exemplo, emprestou em média R$ 3 milhões por ano e isso gera mais emprego e mais renda para a cidade", garantiu.
"A Capital exerceu o papel de uma espécie de laboratório para políticas públicas que deram certo. Por isso, ações e projetos semelhantes podem ser aplicados, como estamos fazendo em Cajazeiras, respeitando as individualidades de cada município", afirmou Léo Abreu (PSB), prefeito de Cajazeiras.
Para Léo Abreu, o Orçamento Democrático é uma conquista da população. "O povo de Cajazeiras, seguindo o exemplo de João Pessoa, terá o poder de decidir junto à gestão municipal o que é prioridade, o que o município está precisando. A comunidade tem necessidade de dialogar com o governo e isso é democracia", comentou.
A coordenadora do Orçamento Democrático em Cajazeiras, Cícera Cavalcante de Sousa, disse que no dia 19 de março haverá a primeira plenária, no bairro Cristo Rei. "Dividimos a cidade em seis regiões, sendo uma rural e a população de cada uma das regiões poderá decidir como será beneficiada pelo dinheiro público, afinal, esse dinheiro é do povo", comentou.
Fonte: Secom/JP
terça-feira, 10 de março de 2009
Pesquisa PB Neuws confirma, Ricardo Coutinho é lider absoluto a sucessão estadual
Em terceiro lugar aparece o atual governador Zé Maranhão do PMDB com 19,2% e em quarto o senador Efraimdo DEM com 13,5%.
*Já de acordo com a pesquisa em andamento do portal Wscom com o questionamento " Quem entrara na disputa em 2010?", onde o ex-governador Cássio também participa como concorrente a vaga de governador, até o momento 35,49% acreditam que Cássio entra na disputa, 29,2% no prefeito da capital Ricardo, enquanto que apenas 20,35% acreditam na possível candidatura do governador Zé Maranhão a releição, e os demais contam apenas com a crendice de 13,89 na opinião dos internaltas do portal.
Confira e vote na integra no link: <www.wscom.com.br>.
Da Redaçao
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Tragetória de Dom Helder é destaque da Revista Forúm
Por Frei Beto [Quarta-Feira, 18 de Fevereiro de 2009 às 12:37hs]
De uma carta, recém-divulgada, de Dom Helder Câmara (1909‑1999), arcebispo de Olinda e Recife, datada de 27/28 de maio de 1969 e endereçada a seus amigos e amigas, a quem chamava de “família mecejanense” (Mecejana é o distrito de Fortaleza no qual ele nasceu):
“De repente, às 13h30 me chega o boato de que o padre Antônio Henrique havia sido assassinado. Procura daqui, procura dali, ele foi identificado no necrotério de Santo Amaro, onde dera entrada como cadáver desconhecido.
“Estaria com sinais de sevícias incríveis: três balas na cabeça, uma instalada na garganta, sinais evidentes de que foi amarrado pelos braços e pelo pescoço, e arrastado... 28 anos de idade, três anos de sacerdote. Crime: trabalhar com estudantes e ser da linha do Arcebispo.
“Coube-me procurar os velhos pais e dar-lhes a notícia terrível.
“No necrotério – onde ficamos até 19h, quando o cadáver foi liberado pelos médicos legistas – vivi uma avant-première de minha própria morte. Burburinho na sala. Gente chegando de todos os cantos. A imprensa escrita, falada, teve ordem de ignorar o acontecimento, mas demos avisos a todas as paróquias, por telefone e recados pessoais.
“Levei-o para a matriz do Espinheiro. (...)
“Na primeira concelebração, às 21h, tínhamos mais de 40 sacerdotes, e a igreja, enorme, estava transbordante de jovens.
“Dei uma tríplice palavra:
Palavra de fé, aos velhos Pais, esmagados de dor;
Palavra de esperança aos jovens com quem ele trabalhava; assumi o compromisso de que eles não ficariam órfãos;
Aos fiéis que enchiam o templo – mais uma vez a imprensa escrita e falada tinha ordem para recusar até o aviso pago de falecimento. Pedi que ajudassem a espalhar que às 9h haverá nova concelebração, saindo o enterro, às 10h, para o cemitério da Várzea, que é o cemitério da família.
“Li, então, a nota, assinada pelo Governo Colegiado, nota que a imprensa não divulgará, mas que nós tentaremos espalhar por toda a cidade, pelo País e... pelo Mundo.”
Faz, pois, 40 anos que padre Henrique Pereira Neto foi assassinado no Recife.
O coordenador
Conheci Dom Helder Câmara – cujo centenário de nascimento ele teria comemorado no último dia 2 de fevereiro – quando era bispo auxiliar do Rio de Janeiro, nos anos 60. Homem de muitos talentos e tarefas, ocupava-se também da Ação Católica, movimento que agrupava o chamado A, E, I, O e U (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC). Eu participava da direção nacional da JEC – Juventude Estudantil Católica. Dom Helder nos coordenava, cuidava de nos matricular numa escola, com bolsa de estudos, e de nos assegurar recursos para o trabalho, como passagens aéreas que possibilitavam aos dirigentes do movimento viajar por todo o país. Graças ao prestígio dele, as portas se abriam.
Embora ele nos assegurasse o “atacado”, às vezes padecíamos no “varejo”. Morávamos em Laranjeiras (12 rapazes da JEC e da JUC – Juventude Universitária Católica), num apartamento de três quartos, verdadeira república da pindaíba! Ali, com frequência se hospedavam os líderes estudantis Betinho, de Minas, e José Serra, de São Paulo. Tínhamos recursos para viajar e escritório bem montado na rua Miguel Lemos, em Copacabana, mas nem sempre para a voracidade de nosso apetite juvenil...
Na época, o governo Kennedy, preocupado com a penetração do comunismo na América Latina, criou o programa chamado “Aliança para o Progresso”: doava leite e queijo, em caixas de papelão, para os pobres do Brasil. Parte da cota da Igreja ia para a nossa alimentação. Como as caixas ficavam meses no porto, umedeciam e o alimento se deteriorava. Tivemos sérios problemas de saúde por comer o queijo do Kennedy e beber o leite da Jaqueline...
O empreendedor
Além dos anos em que fiquei na direção da Ação Católica (1962-1964), convivi com Dom Helder no último período da vida dele. Anualmente eu participava, no Recife, da Semana Teológica promovida pelo grupo Igreja Nova. Nunca deixava de visitá-lo na igreja das Fronteiras, onde residia.
Homem pequeno e frágil, Dom Helder tinha características curiosas: quase não se alimentava. Todos diziam que ele comia feito passarinho. Também dormia pouco, tinha um horário estranho de sono: se deitava por volta de 11h, levantava às duas da madrugada, sentava numa cadeira de balanço e se entregava à oração. Era, como ele dizia, seu “momento de vigília”. Rezava até as quatro, dormia mais uma hora, hora e meia, e levantava para celebrar missa e começar seu dia.
Nos anos 60, Dom Helder encabeçava, no Rio, a Cruzada São Sebastião, projeto de desfavelização criado por ele. Malgrado a meritória intenção de propiciar aos mais pobres condições dignas de moradia, não deu certo: sem renda suficiente ou desempregados, moradores de favela eram transferidos para um apartamento que tratavam de sublocar; ou arrancavam a banheira, a pia, a torneira, para fazer dinheiro e comer.
Como Dom Helder obtinha recursos? Havia um programa de grande sucesso na TV, no qual sorteava-se uma pessoa da plateia, colocava-a numa cabine fechada, a partir da qual a escolhida não conseguia enxergar nada do que se passava fora. O auditório, repleto de prendas: carro, televisor, liquidificador, geladeira, relógio, pinça, cortador de unhas... uma porção de objetos.
Dom Helder recebeu convite do patrocinador do programa para perguntar ao seu Joaquim, operário sorteado: “O senhor troca isto por aquilo?” Joaquim não tinha ideia do que estava sendo proposto, cabia-lhe responder sim ou não. Isso umas sete ou oito vezes, até que, cessada a pergunta, o objeto da última troca era o prêmio merecido.
O auditório, na torcida pelo operário, lamentou quando seu Joaquim deixou de ganhar um carro por preferir, jogando no escuro, um abridor de latas. O apresentador lamentou ao entregar-lhe o prêmio: “O senhor teve a oportunidade de ganhar este carro ou aquela geladeira, mas insistiu no abridor de latas... Queremos agradecer, em nome de nossos patrocinadores, a presença de Dom Helder; e aqui vai um cheque para as obras da Cruzada São Sebastião”.
Dom Helder, gênio da comunicação, virou-se e propôs: “Seu Joaquim, você troca isto (o cheque) por este abridor?” E entregou o cheque ao operário!
No dia seguinte, na sede da Ação Católica, comentamos com ele: “Mas Dom Helder, o senhor abriu mão do dinheiro da Cruzada, uma contribuição importante! Como vai obter igual valor?”. Ele retrucou: “Ah... vocês não têm ideia: o que perdi no cheque ganhei em publicidade. Maiores recursos virão”.
O articulador
Homem de mil atividades, dotado de profundo senso crítico, Dom Helder tinha o dom de dialogar com qualquer pessoa, de qualquer nível. Figura muito carismática, difícil alguém considerá-lo inimigo depois de falar pessoalmente com ele, ainda que continuasse a discordar de suas ideias.
Espírito gregário, onde Dom Helder chegasse juntava gente em torno dele. Foi quem criou a CNBB, inventando as conferências episcopais, e o Celam, que é o Conselho dos Bispos da América Latina. Todos esses organismos que, de certa forma, descentralizam a Igreja romana, saíram da cabeça do bispo que, para azar dos militares golpistas, virou arcebispo exatamente em 1964. O papa o nomeou para São Luís e, dias depois, o transferiu para a arquidiocese de Olinda e Recife, na qual ele permaneceu até falecer.
O agitador
Dom Helder despontou, em 1972, como forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Hoje sabemos que não ganhou o prêmio por duas razões: primeiro, pressão do governo Médici. A ditadura se veria fortemente abalada em sua imagem exterior caso ele fosse laureado. Mesmo dentro do Brasil, Dom Helder era considerado persona non grata. Censurado, nada do que o “arcebispo vermelho” falava era reproduzido ou noticiado pela mídia de nosso país.
A outra razão: ciúmes da Cúria Romana. Esta considerava uma indelicadeza, por parte da comissão norueguesa do Nobel da Paz, conceder a um bispo do Terceiro Mundo um prêmio que deveria, primeiro, ser dado ao papa...
Nos anos 70, ele era a única figura brasileira a competir, fora do país, com o prestígio do Pelé. Aonde ia, lotava auditórios. Tamanho o carisma dele que, em 1971, em Paris, convidado a falar num auditório em que cabiam 2 mil pessoas, tiveram que transferi-lo para o Palácio de Esportes, que comporta 12 mil.
Um dia, o governo militar, preocupado com a segurança do arcebispo de Olinda e Recife, temendo que algo acontecesse a ele e a culpa recaísse sobre a ditadura, enviou delegados da Polícia Federal para lhe oferecer um mínimo de proteção. Disseram-lhe: “Dom Helder, o governo teme que algum maluco ameace o senhor e a culpa recaia sobre o regime militar. Estamos aqui para lhe oferecer segurança”. Dom Helder reagiu: “Não preciso de vocês, já tenho quem cuide de minha segurança”. “Mas, Dom Helder, o senhor não pode ter um esquema privado. Todos que têm serviço de segurança precisam registrá-lo na Polícia Federal. Esta equipe precisa ser de nosso conhecimento, inclusive devido ao porte de armas. O senhor precisa nos dizer quem são as pessoas que cuidam da sua segurança”. Dom Helder retrucou: “Podem anotar os nomes: são três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.
O denunciador
Dom Helder morava numa casa modesta ao lado da igreja das Fronteiras. Frequentemente, as pessoas que tocavam a campainha eram atendidas pelo próprio arcebispo. Certa noite, a polícia fez uma batida numa favela do Recife, em busca do chefe do tráfico de drogas. Confundiu um operário com o homem procurado. Levou-o para a delegacia e passou a torturá-lo. A lógica da polícia era esta: se o cara apanha e não fala é porque é importante, treinado para guardar segredos. Os vizinhos e a família, desesperados, ficaram em volta da delegacia ouvindo os gritos do homem. Até que alguém teve a ideia de sugerir que a esposa do operário recorresse a Dom Helder.
A mulher bateu na igreja das Fronteiras: “Dom Helder, pelo amor de Deus, vem comigo porque lá na delegacia do bairro estão matando meu marido de pancadas”. O prelado a acompanhou. Ao chegar lá, o delegado ficou assustadíssimo: “Eminência, a que devo a honra de sua visita a esta hora da noite?” Dom Helder explicou: “Doutor, vim aqui porque há um equívoco. Os senhores prenderam meu irmão por engano”. “Seu irmão?!” “É, fulano de tal – deu o nome – é meu irmão.” “Mas, Dom Helder”, reagiu o delegado, “o senhor me desculpe, mas como podia adivinhar que é seu irmão. Os senhores são tão diferentes!”. Dom Helder se aproximou do ouvido do policial e sussurrou: “É que somos irmãos só por parte de Pai”. “Ah, entendi, entendi.” E liberou o homem.
Essas as tiradas de Dom Helder, capaz de jogadas proféticas que provocavam certa ciumeira entre os bispos. Ele tinha muitos aliados no episcopado, mas também quem invejasse seu prestígio mundial.
Durante o tempo em que estive na prisão, Dom Helder moveu intensa campanha no exterior de denúncia da ditadura brasileira. O governador de São Paulo, Abreu Sodré, tentou criminalizá-lo. Alegava ter provas de que Dom Helder era financiado por Cuba e Moscou. Alguns bispos ficavam sem saber como agir, como foi o caso do cardeal de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, amigo do governador e de Dom Helder. Não foi capaz de tomar uma posição firme na contenda. Depois a denúncia caiu no vazio, não havia provas, apenas recortes de jornais.
Incomodava ao governo ver desmoralizada, pelo discurso de Dom Helder, a imagem que a ditadura queria projetar do Brasil no exterior, negando torturas e assassinatos. Ele sempre ressaltava que, se o governo brasileiro quisesse provar que ele mentia, então abrisse as portas do país para que comissões internacionais de direitos humanos viessem investigar, como fez a ditadura da Grécia. A ditadura grega era militar, mas abriu as portas para a investigação, o que o governo brasileiro, evidentemente, nunca fez.
Se nós, hoje, na Igreja, falamos de direitos humanos, especificamente a Igreja do Brasil, que tem uma pauta exemplar de defesa desses direitos apesar de todas as contradições, isso se deve ao trabalho de Dom Helder. Nenhum episcopado do mundo tem agenda semelhante à da CNBB na defesa dos direitos humanos. A começar pelos temas anuais da Campanha da Fraternidade: idoso, deficiente, criança, índio, vida, segurança etc. Isso é realmente um marco, algo já sedimentado. Também as Semanas Sociais, que as dioceses, todos os anos, promovem pelo Brasil afora, favorecem a articulação entre fé e política, sem ceder ao fundamentalismo.
Dom Helder sempre dizia: “Quando falo dos famintos, todos me chamam de cristão; quando falo das causas da fome, me chamam de comunista”. Isso demonstra bem o incômodo que causava. Não era um bispo que falava apenas de quem passa fome, mas também das causas da fome e da miséria, o que incomodava o sistema que se recusa a tratar as causas da miséria, porque fazem parte de sua própria lógica.
Frei Beto
Revista Forúm ed. 71
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
MPF/PB ajuíza ação contra ex-prefeito de Bananeiras
Augusto Bezerra Cavalcanti Neto e servidores públicos são acusados de fraudar licitações em favor de empresas ligadas à máfia das ambulâncias
O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) propôs ação de improbidade administrativa contra Augusto Bezerra Cavalcanti Neto, ex-prefeito de Bananeiras (PB), a 140 km de João Pessoa, por fraude em convênios com o Ministério da Saúde para compra de ambulância, micro-ônibus e equipamentos de consultório médico e odontológico, que seria transformado em Unidade Móvel de Saúde. Além do ex-prefeito, mais 12 pessoas, entre servidores públicos e empresários, são réus da ação.
Segundo a denúncia do MPF/PB, os crimes aconteceram em 2004 na execução dos Convênios nº 573/2004 e nº 31/2004 e importaram no desvio de 230 mil reais em procedimentos licitatórios fraudulentos do município. As fraudes consistiam no superfaturamento de ambulâncias e material hospitalar, adquiridos pela prefeitura, através de licitações sumuladas que beneficiavam empresas do Grupo Planam.
O procurador da República Roberto Moreira de Almeida, autor da ação, cita auditoria realizada em Bananeiras, pela Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério da Saúde, que detecta a ocorrência das licitações simuladas. Segundo o relatório, as licitações foram feitas sem publicidade, de maneira direcionada, através da modalidade de carta-convite, tendo por objetivo favorecer exclusivamente empresas integrantes do Grupo Planam. O procurador também faz referência ao relatório do Congresso Nacional, referente aos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Ambulâncias, em que um dos líderes da quadrilha de fraudadores, Luiz Antônio Vedoin, informa que repassou comissão de sete mil reais ao ex-prefeito Augusto Bezerra Cavalcante Neto pela participação na licitação viciada.
Conforme consta na ação, os auditores da CGU não conseguiram localizar a Unidade Móvel de Saúde e detectaram que a prefeitura de Bananeiras realizou transferências irregulares com os recursos destinados à compra do veículo. Quanto ao micro-ônibus, que seria transformado em consultório médico e odontológico, a CGU verificou a falta de pesquisa de preço de mercado, a simulação de licitação, parcelamento do objeto para fugir da tomada de preços, transferência indevida dos recursos para outras contas bancárias municipais, aprovação indevida da prestação de contas final dos recursos do convênio e um prejuízo ao erário no valor de R$ 10.534,87.
Organização criminosa - A ação relata que os integrantes da quadrilha monitoravam permanentemente a formalização e aprovação do orçamento geral da União, especialmente as emendas apresentadas individualmente por parlamentares. Na etapa seguinte, os integrantes da organização criminosa procuravam controlar a execução orçamentária das emendas, interferindo na liquidação da despesa e na prestação de contas dos convênios da União, municípios e organizações sociais de interesse público, bem como cuidavam da elaboração de projetos sem os quais não era possível a descentralização dos recursos públicos pelo Ministério da Saúde.
A isso somava-se o direcionamento do processo licitatório, que era manipulado para possibilitar o superfaturamento, a partir do qual os recursos seriam repartidos entre os participantes do esquema. Conforme consta na ação, o crédito orçamentário para cobrir os convênios da prefeitura de Bananeiras partiu das emendas parlamentares individuais nº 22770001 e nº 71160004, de autoria do ex-senador Ney Suassuna e do ex-deputado Benjamim Maranhão, respectivamente.
O MPF pede a quebra do sigilo fiscal e bancário dos réus para identificar a origem dos bens adquiridos por eles nos últimos cinco anos, além do sequestro e indisponibilidade desses bens para ressarcimento das verbas desviadas. O MPF/PB requer ainda a suspensão dos direitos políticos dos responsáveis, perda da função pública, multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público, ou receber incentivos fiscais ou creditícios.
Além de Augusto Bezerra Cavalcanti Neto, a ação foi proposta contra Geraldo de Oliveira, Humberto Maranhão de Sena, Isaac Escarião Cadete da Nóbrega, Maria José Costa da Silva, Darci José Vedoin, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Marco André Esteves dos Anjos, Paulo José Sampaio Bastos, Ronildo Pereira Medeiros, Adilson da Silva Guimarães, Mário Lira e Manoel Lopes de Macedo Neto.
Ação Civil Pública nº 2009.82.00.000090-6 ( 1ª Vara Federal)