sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O PSB e o pós-Lula

Partido Socialista Brasileiro - PSB

A menos de um ano do pleito eleitoral nacional nosso Partido Socialista Brasileiro precisa elaborar e apresentar seu PROJETO de BRASIL para o próximo mandato de governo.

Temos, de um lado, um projeto de continuísmo apresentado pelo presidente Lula, que, se comparando com Cristo, afirma ser necessário se aliar com Judas.

Nós, socialistas, repudiamos essa estratégia política por considerarmos que os pleitos eleitorais são um momento essencial do processo e avanço democrático, e temos que confiar nos eleitores que tem demonstrado, a cada pleito, uma crescente capacidade de escolha dos dirigentes nacionais.

Se a formação de um governo de coalizão é submetida a critérios de governabilidade, o pleito eleitoral deve submeter aos eleitores programas e propostas claras e diferenciadas.

O PSB, como partido, deve dar urgentemente uma resposta à altura rejeitando a tentativa de costurar alianças que mimetizam “Cristo e Judas”, e que abram para os cidadãos a possibilidade de mudar a cara do parlamento, votando em partidos e candidatos que tenham um projeto e uma reputação ética digna do cargo de representação parlamentar.

Hoje existe praticamente uma só voz que divulga no Brasil todo uma proposta de Projeto de Brasil do PSB: é o deputado Ciro Gomes. No lançamento de sua candidatura a presidente do Brasil perante o PSD-DF, em 29 de outubro passado em Brasília, Ciro, vice-presidente do PSB, defendeu a necessidade de apresentar um PROJETO DE BRASIL que avance com relação ao atual projeto do governo Lula. Ele sublinhou o salto que foi dado com o governo de coalizão de Lula. Apontou dois avanços urgentes e fundamentais:

- uma política financeira que negocie com o sistema financeiro de igual para igual, onde o Estado faça valer os direitos fundamentais dos cidadãos - emprego, salários, educação e saúde - frente à intransigência do máximo de lucro;
- uma nova maioria parlamentar que dê sustento a um governo socialista ético e voltado ao bem estar de todo o povo, superando a atual fase de assistencialismo para uma fase de inserção cidadã. Ciro Gomes é uma ponta avançada, nesse momento, do PSB, e nós temos que nos juntar a ele nessa missão que é própria de todo o partido.

O PSB defende o Socialismo democrático, e não a social-democracia. Por isso é necessário e urgente elaborar e apresentar nossa proposta, que não descarta, num eventual governo, alianças com partidos do centro democrático.

A decisão de ter um candidato próprio à presidência deverá ser decidida no tempo oportuno, mas a elaboração de um Projeto de Brasil para o próximo mandato governamental é essencial e urgente e o apoio à possível candidatura de Ciro Gomes deve ser assumido vigorosamente pela Direção Nacional do PSB, pois está, de fato, contribuindo para diferenciar e destacar o partido no cenário político nacional.

Adriano Sandri é Cientista Político e militante do PSB-Brasília

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