segunda-feira, 20 de julho de 2009

Assim como em todo o estado, Ricardo Coutinho é 1° lugar em Campina Grande nas pesquisas

O IP4 Pesquisas realizou nos dias 11 e 12 deste mês uma aferição na cidade de Campina Grande sobre a preferência do eleitorado em relação aos candidatos ao Governo da Paraíba nas eleições de 2010. Os dados foram repassados com exclusividade ao Parlamentopb para divulgação.

O primeiro colocado foi o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), com 36,12%. O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) ficou em segundo, com 24,61%. O governador José Maranhão (PMDB) figura em terceiro lugar entre o eleitorado campinense, com 12,48%. Já o candidato tucano, Cícero Lucena foi citado como o preferido de 6,42% dos pesquisados. O democrata Efraim Morais teve 4,85% das intenções de voto, seguido por David Lobão (PSOL), com 0,97%.

Os votos nulos somam 6,67% e os brancos foram 1,82%. A equipe do IP4 realizou uma pesquisa estimulada, ouvindo 825 eleitores e projeta um coeficiente de segurança de 95,%, com uma margem de erro máxima de 3,5%.

Confira os números do IP4 que perguntou "Se as eleições para governador fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem o senhor votaria?

Ricardo Coutinho - 36,12%
Veneziano Vital - 24,61%
José Maranhão - 12,48%
Nulo - 6,67%
Cícero Lucena - 6,42%
Não sabem ou não quiseram responder - 6,06%
Efraim Morais - 4,85%
Em branco - 1,82%
David Lobão - 0,97%

Comparativo - Na primeira pesquisa realizada pelo IP4 em João Pessoa, no mês de abril, o prefeito Ricardo Coutinho aparecia com 58% da preferência. O segundo lugar era do governador José Maranhão (PMDB), com 18,93%. O ex-prefeito da capital e atual senador, Cícero Lucena (PSDB) teve, à época, 10,47% da preferência.

Ainda de acordo com a consulta feita pelo IP4 e publicada no lançamento do Parlamentopb, o senador Efraim Morais (DEM) teria 2,33%, seguido por Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), com 1,8%. Luiz Couto, do PT, também pontuou, com 1,13%. O deputado federal Wellington Roberto (PR) e o professor David Lobão (PSOL) foram citados por 0,2% dos eleitores. Aqueles que disseram preferir anular o voto corresponderam a 3,93%. Os votos brancos foram 1,87%, enquanto que outros 1,13% disseram não saber em quem votar.

O instituto - O IP4 pesquisas surgiu em fevereiro de 2002 e realiza pesquisas quantitativas e qualitativas, estando apto a executar estudos de mercado em qualquer capital do Nordeste, além de trabalhos de campo para Institutos de outros Estados. Todas as etapas do processo de pesquisa – campo, processamento e análise – são executadas por pessoal próprio e com larga experiência na realização de pesquisas qualitativas e quantitativas. Entre os clientes do instituto estão as TVs Cabo Branco e Tambaú, Multifeira Brasil Mostra Brasil, Unimed João Pessoa, Uniodonto, Arquidiocese da Paraíba e OAB Paraíba.

Mas informações na integra do http://www.parlamentopb.com.br ou no LinK: http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20090720090813

Da Redação Parlamentopb.com.br


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Brigadeiro Ferolla: Geopolítica versus interesses de uma CPI

"Aspectos de interesse nacional e suprapartidário" indicam que a criação da CPI da Petrobras no Senado "não é apenas um movimento que atrai holofotes para palanques eleitorais. É, acima de tudo, um movimento que atende aos interesses de poderosos grupos do setor de petróleo, ao colocar sob suspeição a credibilidade da Petrobras e do governo brasileiro", escreve o tenente-brigadeiro Sergio Xavier Ferolla*

Os Estados Unidos exploram petróleo desde 1859 e, valendo-se de suas grandes jazidas, transformaram essa fonte de energia em instrumento para sua consolidação como potência econômica. Tendo sido, por muito tempo, o maior produtor mundial, vislumbram um cenário de incertezas ao constatar o declínio acelerado de suas reservas, que durarão apenas mais 12 anos.

Tal situação é acompanhada pelos governos americanos há muito tempo, e é o fator determinante no planejamento estratégico das ações externas daquele país. Muitas delas são apresentadas sob argumentos dissimulados, como a ocupação do território do Iraque - dono da terceira maior reserva mundial - ou a ocupação do Afeganistão, rota adequada para escoar a produção petrolífera de antigas repúblicas soviéticas.

Essas operações bélicas estão redundando em vergonhosos fracassos, tanto pelo motivo oficial - o combate ao terrorismo - quanto pelo oculto, o controle das jazidas e a segurança dos oleodutos.

Até os anos 60 do século passado, os Estados Unidos e os demais países industrializados do Hemisfério Norte se valiam das grandes empresas privadas de exploração e refino de petróleo - historicamente conhecidas como as "Sete Irmãs" -, que, sediadas nesses países, dominavam as principais reservas petrolíferas do planeta.

Nos últimos 40 anos, porém, um crescente movimento de nacionalização e volta ao controle estatal da maior parte das jazidas mundiais, notadamente no Oriente Médio e em países como a Rússia e a Venezuela, tem resultado na drástica redução dos estoques disponíveis para exploração por terceiros e na rentabilidade daquelas poderosas empresas, das quais, hoje, restam apenas quatro.

Vislumbrando a escassez, encontrar novas fronteiras petrolíferas e poder assumir o controle delas transformou-se em verdadeira obsessão, razão maior de as atenções estarem, cada vez mais, voltadas para o pré-sal brasileiro.

As atuais reservas do Brasil chegam a 13 bilhões de barris e asseguram nossas necessidades por apenas 19 anos. Com a exploração das jazidas do pré-sal, em 2015, o país poderá, inclusive, se tornar exportador de pelo menos 1 milhão de barris por dia.

Se consideradas as atuais cotações de US$ 50 por barril, numa visão tímida do disputado mercado mundial, podem-se projetar exportações de US$ 21 bilhões por ano. Com preços de US$ 100 por barril, até 2010, previsão bastante realista se lembrarmos que o mercado já conviveu com cotações superiores a US$ 140, o país poderá acrescentar um mínimo de US$ 42 bilhões anuais na balança comercial.

As possibilidades do pré-sal, no entanto, tornam esses cálculos acanhados, pois, apesar de não haver números seguros, mesmo os pessimistas reconhecem que o Brasil irá pelo menos dobrar suas reservas, enquanto os otimistas asseguram que é de petróleo o colchão do gigante "deitado eternamente em berço esplêndido".

Tais perspectivas ressaltam a necessidade de que, acima dos interesses do mercado, parâmetros geopolíticos norteiem as discussões sobre um novo marco regulatório para a exploração do pré-sal, tanto nas esferas políticas como empresariais. Propostas de mudanças na atual legislação e exemplos de sucesso em outros países do mundo poderão guiar os passos do governo brasileiro, mas é imperativo considerar que o controle rígido sobre as jazidas e o estabelecimento da cadência de produção são regras comuns em todos os países detentores de grandes reservas de petróleo.

Esses aspectos de interesse nacional e suprapartidário indicam que a criação de uma CPI, no Senado, para investigar temas que já estão sendo apurados por outras legítimas instâncias de poder não é apenas um movimento que atrai holofotes para palanques eleitorais. É, acima de tudo, um movimento que atende aos interesses de poderosos grupos do setor de petróleo, ao colocar sob suspeição a credibilidade da Petrobras e do governo brasileiro nessa decisiva e histórica oportunidade de formular e determinar políticas que consolidem a soberania energética do país, assegurando vultosas fontes de riqueza para toda a sociedade.


* Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar; fonte: O Estado de S. Paulo