quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Faltou um divã para FHC?

Deve ter sido muito doloroso para o “príncipe uspiano” descobrir que a sociedade nova não só estava com Lula como, após seis anos de governo, continua a apoiá-lo. Como nunca antes na história desse país.
Gilson Caroni Filho


No dia em que saem mais duas pesquisas dando conta da aprovação recorde do governo e do aumento da popularidade do presidente, o que deve calar mais fundo na oposição é a lembrança do passado recente. E o quanto os seis anos de governo petista representaram de ruptura com ele. Das prioridades internas, com ênfase no mercado interno e nas políticas redestributivas, à inserção externa soberana e bem orientada, as mudanças foram por demais substantivas para serem ignoradas. Assim, é hora de, no final de 2008, relembrarmos o ocaso de um governo que levou o país à bancarrota.

Vivíamos o ano de 1999. Num quadro de crise de ideologias, de fim de utopias, de aumento de desemprego, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deitava falação sobre as mudanças ocorridas no Brasil. Detectava o surgimento de uma nova sociedade e acreditava que a parte moderna dela iria aderir ao projeto neoliberal. Aquele em que a arquitetura política era vista como defeituosa e as virtudes deveriam ser creditadas aos agentes do mercado, os empreendedores, “heróis” do capitalismo de massa, que deixariam perplexos tanto a esquerda quanto a direita conservadora. Seriam eles "os heróis de nossa gente", filhos do "silêncio" e do "medo da noite".

Correto ao diagnosticar as transformações em curso no país, FHC se equivocava em acreditar que os novos e emergentes setores da sociedade, quando se organizassem efetivamente, apoiariam seu projeto de reformas. Como bem destacou, na época, a cientista política Maria Vitória Benevides, as afirmações de que a crise de representação era algo novo no país e a de que os movimentos sociais, em especial o MST, estavam enfraquecidos eram falácias tão gritantes que deixavam no ar uma impressão de bonapartismo sugerido. O que o ex-presidente insinuava era que o velho não estava com ele, mas o novo só não o apoiava por falta de organicidade. A incapacidade de pensar o país foi a marca do governo tucano.

O cenário era desolador. O ambiente pós-desvalorização ficou confuso. Sem crescimento, não se recuperava o nível de emprego. O desemprego que explodiu em janeiro de 1998 por causa da crise asiática, não dava sinais de reversão. A combinação de queda na renda e desemprego atingia o setor produtivo. O comércio registrava perdas expressivas durante 18 meses. Com vendas fracas, indústria e comércio tendiam a segurar os preços, deixando claro que só com ambiente recessivo o governo tucano conseguia reduzir a taxa de inflação. Diante disso, é possível falar em continuidade de modelo? 

Nesse quadro, os partidos de apoio ao Governo-PSDB, PFL (DEM) e parte expressiva do PMDB - atribuíam à falta de comando do então presidente as disputas e brigas na base aliada. O distanciamento de Fernando Henrique do dia-a-dia da política e a crise econômica minaram sua autoridade, e resultado foi um verdadeiro tiroteio entre os principais políticos desses partidos. Aécio Neves, lembram disso?, se dizia inconformado com o processo de privatização de Furnas. No PFL, a comoção se dava por conta da não nomeação do ex-ministro Luiz Carlos Santos para nenhum cargo, depois de lhe terem prometido a presidência da BR Distribuidora. No PMDB, o desconforto foi causado por uma promessa não cumprida de FHC a Michel Temer de nomear um amigo do ex-presidente da Câmara para a direção da Petrobrás. O acúmulo de ressentimentos sinalizava para uma conclusão melancólica de governo.

 As digressões de Fernando Henrique soavam a alheamento da realidade. Pior, uma fuga dela pelo discurso diletante. A situação se apresentava como nunca antes navegada: a impopularidade do presidente era maior que a do seu Governo, o real se contaminava com tudo isso e a bloco de poder contemplava a rota de afastamento. E nenhum jornal pensou em chamar um psicanalista para analisar um presidente em seu ocaso. Ou ouvir a população que, ao reprová-lo, mostrava não fugir da realidade. Um Jacob Pinheiro Goldberg para falar em “mecanismos de negação freqüente quando se enfrenta uma situação de impotência".

Afinal, deve ter sido muito doloroso para o “príncipe uspiano” descobrir que a sociedade nova não só estava com Lula como, após seis anos de governo, continua a apoiá-lo. Como nunca antes na história desse país. 

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4054

PIB brasileiro cresce 6,3% em 12 meses e bate recorde

O aumento de 6,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 12 meses, até setembro de 2008, foi a maior taxa acumulada para 12 meses desde o início da série, em 1996, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE). A taxa acumulada em nove meses, de janeiro a setembro (6,4%), também é a maior para o período da série. Soma de todas as riquezas produzidas no País, o PIB cresceu 6,8% no terceiro trimestre de 2008 ante igual trimestre do ano passado e somou R$ 747,3 bilhões. Trata-se do maior aumento trimestral desde o segundo trimestre de 2004.

O resultado do terceiro trimestre veio acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (5,00% a 6,20%) e da mediana de 5,80%. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PIB aumentou 1,8%, o maior aumento, ante trimestre imediatamente anterior, desde o segundo trimestre de 2005. Neste caso, as expectativas dos analistas variavam de 0,6% a 1,7%, com mediana de 1,30%.

A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 20,4%, a maior para um terceiro trimestre apurada pelo IBGE desde o início da série, em 2000. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - que sinaliza os investimentos - aumentou 19,7% no PIB do terceiro trimestre de 2008, ante igual trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, a FBCF registrou alta de 6,7%.

O cálculo do PIB leva em conta o acompanhamento de pesquisas setoriais que o próprio IBGE realiza ao longo do ano, em áreas como agricultura, indústria, construção civil e transporte. O indicador inclui tanto os gastos do governo quanto os das empresas e famílias. Mede também a riqueza produzida pelas exportações e as importações.
Indústria é destaque
O PIB da indústria, segundo o IBGE, cresceu 7,1% no terceiro trimestre de 2008 ante igual trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, houve expansão de 2,6%.
Já o PIB da agropecuária registrou variação de 6,4% no terceiro trimestre ante igual período de 2007 e de 1,5% comparativamente ao trimestre imediatamente anterior. Ainda entre os setores pesquisados, o PIB dos Serviços registrou crescimento de 5,9% ante o terceiro trimestre do ano passado e aumento de 1,4% ante o segundo trimestre de 2008.

Consumo
O consumo das famílias aumentou 7,3% no terceiro trimestre de 2008 ante igual trimestre do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve expansão de 2,8%.
Já o consumo do governo registrou crescimento de 6,4% no terceiro trimestre ante igual período de 2007 e aumentou 1,5% comparativamente ao segundo trimestre de 2008.

Importações
As exportações aumentaram 2,0% no PIB do terceiro trimestre ante igual período do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve queda de 0,6%. As importações aumentaram 22,8% ante igual trimestre do ano passado e 6,4% na comparação com o segundo trimestre de 2008.

IBGE/Agência Estado

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PIB: Brasil é o único a crescer entre os 20 maiores do mundo

Com expansão 0,6 ponto percentual maior que a do segundo trimestre (de 6,2% para 6,8%), o Brasil foi o único entre as 20 maiores economias (a Turquia divulgará seus dados na semana que vem) que teve avanço maior de julho a setembro do que nos três meses anteriores.

Os Estados Unidos, a maior economia mundial, passaram de avanço de 2,1% no segundo trimestre para 0,7% no terceiro, e o Japão, a segunda maior, nesse mesmo período, saiu de um avanço de 0,7% para uma contração de 0,5%, sempre fazendo a comparação com o mesmo período de 2007.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a economia japonesa está em recessão (teve dois trimestres consecutivos de retração), e os EUA se contraíram de julho a setembro – o país está oficialmente em recessão desde dezembro de 2007, segundo os critérios da National Bureau of Economic Research, que considera outros indicadores além do PIB.

Um cenário parecido já tinha acontecido entre abril e junho. Na ocasião, só Brasil, México e Indonésia cresceram mais no segundo trimestre do que no período de janeiro a março – levando em conta os 20 maiores PIBs do mundo. Mas a Indonésia se desacelerou de 6,4% no segundo trimestre para 6,1% nos três meses seguintes, e o México teve o seu menor avanço em cinco anos, de 1,6%.

Brics
O resultado brasileiro do terceiro trimestre também serviu para que o país não tivesse o menor avanço dos Brics (grupo que também conta com a Rússia, a Índia e a China). Agora coube à Rússia, que enfrenta queda de mais de 60% no preço do petróleo, uma das suas principais fontes de renda, o posto de país que menos cresce. O PIB russo cresceu 6,2% no terceiro trimestre, 1,3 ponto percentual menos que entre abril e junho.

A última vez que o Brasil não ficou, pelo menos isoladamente, com o pior resultado entre os Brics foi em 2004, quando o país e a Rússia cresceram 7,8% no segundo trimestre. O crescimento de 6,8% permitiu que o Brasil conseguisse diminuir mais a diferença que o separava dos crescimentos dos demais países emergentes, especialmente China e Índia.

Com o recuo da procura por seus produtos e serviços no exterior e a queda na demanda interna, a China avançou 9% de julho a setembro (a expansão no segundo trimestre foi de 10,1%), e a Índia, 7,6%, 0,3 ponto percentual menos do que entre abril e junho.

O Brasil também foi um dos poucos países da América Latina que continuou se acelerando (o Chile é outro caso – passou de crescimento de 4,5% para 4,8%), mas não é o que mais avança na região.

Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ricardo diz que crescimento do PSB se deve a diálogos com forças políticas divergentes do Estado


O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), disse, em entrevista exclusiva ao WSCOM Online, que o crescimento do PSB no Estado, nos últimos quatro anos, se deve ao diálogo que o partido vem mantendo com as diversas forças políticas existentes na Paraíba.

“O PSB hoje é um partido estadualizado, que em apenas quatro anos, de 2004 para cá, conseguiu ampliar consideravelmente seus quadros, graças aos entendimentos mantidos com as diversas forças políticas do Estado”, afirmou o prefeito.

A declaração de Coutinho foi feita ao ser indagado sobre o fato de ser tido como uma das caras novas da política paraibana e ao mesmo tempo ser aliado do senador José Maranhão, que é considerado por muitos como conservador.

“Política prevê e necessita de combinações e diálogos para que se tenha condições reais de crescimento. E diálogos se faz com os diferentes, se fosse só com iguais faríamos tudo parte do mesmo partido”, sustentou.

O prefeito também acrescentou que conduzir os destinos de uma cidade como João Pessoa é importante, mas não suficiente, pois é necessária muita habilidade e conversas para contornar as adversidades e obstáculos do processo político. “É claro que João Pessoa serve de referência para a população paraibana como todo, já que é uma cidade que 65% dos habitantes têm raízes em outros municípios. Mas, não é suficiente para agregar forças”, frisou.

Com relação às pretensões de disputar o Governo do Estado em 2010, Coutinho disse que seu primeiro objetivo para os anos seguintes é fazer a sua segunda administração ainda melhor do que a primeira.

“As eleições estaduais de 2010 passam pelo campo das idéias e não diz respeito apenas ao PSB, mas sim a todo o grupo de aliados. Mas, é claro que o PSB terá sua participação, em virtude dos mais de 380 mil votos obtidos no pleito municipal deste ano”, declarou o prefeito.





Cristiano Teixeira
WSCOM Online

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lula reafirma que vai eleger seu sucessor em 2010

Lula reafirma que vai eleger seu sucessor em 2010 e que nenhum País está mas preparado que o Brasil para enfrentar a crise financeira mundial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta terça-feira (9) que vai eleger seu sucessor nas eleições de 2010. “Também tenho certeza de que vou fazer minha sucessão, e só espero que quem for eleito me convide para vir aqui inaugurar outros trechos da [Ferrovia] Norte-Sul”, disse Lula, ao discursar em Colinas (TO) na inauguração de um trecho da obra.

A declaração de Lula foi uma referência ao ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), que discursou antes de dele e disse esperar que o presidente eleja um sucessor que dê continuidade às obras do governo. “Que o senhor faça seu sucessor, que pense como Vossa Excelência e trabalhe como Vossa Excelência”, afirmou o senador.

Lula disse que a classe política não conhece o país e lembrou que, quando deputado, criticou o então presidente da República, José Sarney, quanto este falou em construir a Ferrovia Norte-Sul. “Quando Sarney anunciou que construiria a Norte-Sul, eu era deputado e fiz críticas, dizia que [a ferrovia] ia ligar o nada ao nada. Quis Deus que eu fosse eleito presidente para dizer ao Sarney: Vamos fazer a Norte-sul, porque a classe política não conhece o país, conhece seu estado e quem faz campanha também não conhece.”

O presidente ressaltou que entrou em contato com a realidade brasileira ao percorrer o país com as Caravanas da Cidadania, realizadas em campanha política nos anos 90. “Quando terminei as caravanas, vi que eu estava preparado.”

Lula falou também sobre a crise financeira mundial, afirmando que sua geração “tomou vacina contra a crise”, de tanto ter ouvido falar do assunto. Ele reafirmou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e que ela deve ser encarada como uma oportunidade para que, passadas as conseqüências, o país esteja ainda mais fortalecido para retomar o crescimento. “Não tem nenhum país do mundo mais preparado para enfrentar essa crise, com mais estabilidade, temos reservas”, disse.


Confira notícia completa na integra< http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/12/09/materia.2008-12-09.1666592502/view

Agência Brasil

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mídia absolve FHC mas suspeita de Lula, diz pesquisador

De acordo com o professor da Universidade de Brasília (UnB), David Renault da Silva, “mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente”


Uma análise sobre a cobertura da imprensa revela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi tratado com condescendência pela mídia brasileira, ao longo de seus oito anos de mandato. Mais que isso, FHC passou incólume mesmo quando os escândalos batiam à sua porta. A mesma sorte não tem o presidente Lula, sempre retratado com desconfiança pelos principais jornais do país e associado diretamente às denúncias de irregularidade de seu governo.

Essa avaliação é feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), David Renault da Silva, autor da tese de doutorado Nunca Foi tão Fácil Fazer uma Cruz numa Cédula? — A Era FHC nas Representações da Mídia Impressa. O texto foi publicado no site Congresso em Foco.

“Mesmo quando se fala mal do governo do Fernando Henrique, tenta-se preservar sua figura do presidente”, diz o diretor da Faculdade de Comunicação (FAC) da UnB. “O presidente Lula não adianta dizer que ‘não sabe’. Mas o FHC podia dizer, porque ele era um intelectual. O raciocínio é que ele não se metia nessas coisas menores”.

Segundo Renault, “o Lula, o PT, não é um candidato da imprensa nacional. A grande imprensa nacional não é petista, não tem interesse que o PT se mantenha no poder”.

Jornalista com passagem por cargos de chefia nas principais redações da capital federal e professor universitário há 15 anos, David atribui a “boa vontade” da imprensa brasileira com o tucano a uma espécie de “pacto de elites”. Esse acordo, segundo ele, foi tacitamente construído em 1994 para tentar barrar o favoritismo eleitoral de Lula naquele ano e frear o eventual retrocesso do então recém-lançado Plano Real.


Pai do Real

“Do ponto de vista nacional, as chamadas elites nacionais, as classes econômicas sociais dominantes, não tinham candidato que pudesse fazer frente ao Lula. O Fernando Henrique surgiu um pouco como esse candidato”, analisa David. “E houve um claro apoio da mídia a FHC. Ele foi apontado como o ‘pai do Real’ e sempre ocupou mais espaço no noticiário do que Lula”, observa.

Para concluir seu doutorado, David se debruçou sobre 3 mil notícias de jornais e revistas publicadas entre 1995 e 2002. Ao observar o noticiário político do período, constatou que o presidente não teve sua imagem diretamente associada a escândalos mesmo quando as denúncias resvalavam em seu gabinete.

Como exemplo, ele cita o caso da denúncia de compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição e o do envolvimento de autoridades do governo com lobistas para favorecer determinados grupos no leilão das teles. Um grampo telefônico mostrava, inclusive, que o presidente foi consultado sobre o assunto.


Restrições

“Se você pega o balanço final dos dois governos de Fernando Henrique, você percebe que na Era FHC tenta-se preservar a figura do presidente, no sentido de ‘o presidente está fora de escândalos, ele é um homem íntegro’. A Folha de S.Paulo, por exemplo, teve um editorial de primeira página muito significativo que dizia: ‘presidente bom, governo nem tanto’”, lembra Renault.

Para o pesquisador, FHC só teve sua imagem abalada quando, em 1999, em meio a uma crise internacional, alterou a política cambial e afetou os negócios dos grandes veículos de comunicação. “Nessa época, as empresas, inclusive de comunicação, perderam muito dinheiro, pois tinham dívidas e projetos de investimentos em dólar. Todos os jornais que tinham apoio bastante significativo ao presidente parecem romper.”

Mas esse rompimento, segundo ele, não chegou a se concretizar. Em parte, avalia, por causa da resistência da mídia ao PT. “Não vejo, digamos assim, essa condescendência da mídia com Lula que você via com o governo passado. Há sempre uma desconfiança de que pode mudar a qualquer momento. Sempre alerta”, afirma.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tucanos dão exemplo de ética na Paraíba, pense nuns mocinhos direito!

Tucanos dão exemplo de ética na Paraíba

É impressionante como a ética tucana é algo muito especial. Vejam o caso do governador Cássio Cunha Lima, filho de Ronaldo Cunha Lima, que também foi governador do Estado e que como maior legado nos deixou o atentado a tiros que praticou contra Tarcisio Burity, seu antecessor. O Cunha Lima pai entrou num restaurante e deu três tiros à queima roupa em Burity. E ainda continua por aí livrinho da silva.

Seu filho, que eu saiba, ainda não deu tiros em ninguém. Mas fez uma campanha de reeleição onde distribuiu mais de 30 mil cheques de um programa social durante o período eleitoral. O que todos os tribunais estão considerando uso da máquina pública. Por isso, está sendo cassado.

Mas com a ajuda da “ética” direção nacional do seu partido e com um jeitinho aqui e outro ali, tem escapado. Agora mesmo, conseguiu mais uma liminar para se manter no cargo. Além disso, quando achou que estava na “roça”, Cunha Lima (o filho) articulou seus aliados na Assembléia Legislativa e aprovou aumento para boa parte dos servidores. Tudo para inviabilizar o governo de seu sucessor.
Mas, isso está sendo tratado como um problema local. E no limite como notícia. Sem a indignação que costuma invadir a pena de alguns articulistas quando se trata de um petista ou comunista. A indignação seletiva da mídia é algo comovente.